segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O amor quer desabar.

E quando a vida faz da gente uma dupla de cartas encostadas e bem arriscadas a cair?
Parece que é assim que hoje eu tô.
Mesmo sabendo que você precisa plantar pra colher, essa horta tá me custando uma dificuldade enorme.
Às vezes parece ser muito mais fácil você admitir que não consegue e soprar bem forte deixando tudo desabar. - vai lá, desaba mesmo, quero mais é que tu se exploda! -

Depois que você vive uma intensidade muito grande de um amor, você vai sendo puxado cada vez mais pra um universo anti-questionamento, você entende por que a razão e a emoção ficam em lados tão opostos. E você começa a sair do meio do duelo e quer se juntar a antipatia de um e deixar a loucura do outro bem longe... mas isso tem um tempo contado.
Eu amo. Muito mais do que se é capaz. Em todos os tempos!
Cheguei em um momento que eu quero sair correndo da antipatia da razão, eu quero a loucura da minha emoção cantando bem alto dentro de mim.
Eu quero viver o amor que me mostrou que eu sou fraca mesmo, esse que me implora todo dia para soprar as cartas.
E ao mesmo tempo eu vivo ouvindo a antipática da razão me mostrando que a recíproca é verdadeira, mas nem sempre é eterna.
Ela joga na minha cara que se eu soprar, os dois lados das cartas desabam. E o castelo não se monta sem a base das duas. Pode ser que o jogo termine e termine sem graça, sem vencedor e como sempre acontece, sem cartas na mão!

Sendo assim, tudo termina igual. Tudo termina sem nada. As cartas apoiadas e o duelo me partindo ao meio, talvez um dia esse nada faça sentido
ou então eu morro amando e não-questionando.

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